Proteção de inox em vias de escalada
1. A FEMERJ constituiu o Grupo de Trabalho (GT Inox) para analisar
detalhadamente a questão de utilização de proteções fixas (grampos e
chapeletas) em inox em vias de escalada em função do recente acidente
ocasionado pela quebra de um grampo de aço inox nas falésias de Barra
de Guaratiba (RJ) e dos resultados iniciais de um estudo desenvolvido
pela UIAA e Petzl com chapas em aços inox fixadas próximas a ambiente marinho,
que mostrou que 10 a 20% dessas proteções podem falhar com força aplicada entre 1
a 5 KN, enquanto que o padrão da UIAA para proteções fixas é de 22 KN.
Destaca-se que algumas dessas proteções não apresentavam trincas visíveis e romperam
tendo apenas o peso de um escalador.
2. Os trabalhos do GT Inox se concentrarão nos seguintes pontos:
a. Comportamento do aço inox como material de proteções fixas em vias
de escaladas, observando: (i) a dificuldade de avaliação do estado de
corrosão das proteções em inox, situação particularmente critica nas vias
localizadas a beira-mar; e (ii) o processo de soldagem na fabricação de grampos
inox, que pode influir significativamente na redução da sua resistência;
b. Levantamento das vias equipadas por proteções em inox;
c. Estudo das alternativas disponíveis à proteção de inox para os
locais próximos a ambientes marinhos, onde foram registradas as ocorrências
de rupturas das proteções em inox. Alguns locais com essa característica são
listados a seguir:
- Barra de Guaratiba, Urca (Pão de Açúcar, Morro da Urca, Morro da
Babilônia, falésias e blocos), Ilhas costeiras do Rio de Janeiro,
Falésias da Niemeyer e do Vidigal, Falésia do Pepino, Falésias e blocos da
Joatinga, Morro do Leme, Morro do Urubu e Parque Estadual da Serra da Tiririca.
Lembrando, porém, que a relação acima é preliminar, à qual pode ser
ajustada e devem ser considerados todos os demais locais com vias diretamente
expostas aos efeitos diretos da maresia.
3. Atualmente, o GT Inox já está analisando o grampo que sofreu
ruptura em Guaratiba.
4. Com o avanço dos trabalhos do GT Inox estaremos divulgando outros
comunicados sobre o assunto.
5. Lembramos que, em última análise, o próprio escalador é o
responsável por suas decisões e ações relativas à avaliação da qualidade e do
estado de integridade das proteções fixas.
6. Para titulo desse informe, a FEMERJ considera vias à beira-mar
aquelas que estão expostas diretamente ao efeito da água do mar, como as vias
em falésias, praias e ilhas costeiras, podendo inclusive receber
respingos e ondas no seu trajeto.
7. Encorajamos a participação dos escaladores no GT Inox através do
envio de informações e sugestões sobre o referido assunto através
do info@femerj.org
Diretoria da FEMERJ
FONTE:www.femerj.org
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